O El Niño é um fenômeno climático de escala global, caracterizado pelo aquecimento excessivo das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Esse processo altera a circulação atmosférica e, consequentemente, modifica os padrões de precipitação e temperatura em diversas partes do planeta. Sua ocorrência é cíclica, geralmente a cada 2 a 7 anos, com duração variável entre 9 e 12 meses, podendo se estender por mais tempo em eventos intensos (Grimm et al., 2000; Cai et al., 2020).
No Brasil, os impactos do El Niño são apresentados de forma diferente dependendo da região. No Sul, observa-se aumento expressivo das chuvas, o que favorece a ocorrência de enchentes, alagamentos e deslizamentos de terra. Em contrapartida, o Nordeste tende a enfrentar secas mais intensas e prolongadas, agravando problemas de abastecimento hídrico e produção agrícola. Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o fenômeno está associado a ondas de calor e estiagens que afetam a agricultura e a geração de energia hidrelétrica. Na região Norte, a redução do volume de chuvas intensifica o risco de queimadas e compromete ecossistemas sensíveis, como a Floresta Amazônica (Marengo et al., 2013; INPE, 2023).
Os efeitos do El Niño não se restringem ao território brasileiro. Globalmente, o fenômeno influencia o regime de furacões e ciclones, intensifica ondas de calor e incêndios florestais, além de alterar a dinâmica da pesca devido à redução de nutrientes nas águas superficiais. Em alguns países do hemisfério norte, pode provocar invernos mais rigorosos, enquanto em outras regiões aumenta o risco de secas e desertificação (Cai et al., 2020; IPCC, 2021).
A relevância do estudo do El Niño está diretamente ligada à sua capacidade de impactar setores estratégicos, como agricultura, recursos hídricos, energia e saúde pública. O monitoramento contínuo do fenômeno, aliado a modelos climáticos de previsão, é fundamental para antecipar cenários, minimizar riscos e apoiar políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas.
É importante que cada um faça o seu papel na preservação ambiental, no controle do uso dos recursos do planeta, no controle do consumo totalmente desenfreado atualmente e na conscientização de fazer o que é correto. Sem isso, não é exagero dizer que nossa sociedade está fadada ao fracasso!
📚 Referências
- Cai, W., Santoso, A., Wang, G., et al. (2020). Climate impacts of the El Niño–Southern Oscillation. Nature Reviews Earth & Environment, 1, 628–644. https://doi.org/10.1038/s43017-020-0072-6
- Grimm, A. M., Barros, V. R., & Doyle, M. E. (2000). Climate variability in southern South America associated with El Niño and La Niña events. Journal of Climate, 13(1), 35–58.
- INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. (2023). El Niño 2023: impactos no Brasil. Disponível em: https://www.inpe.br
Texto escrito com a ajuda do ChatGPT.